segunda-feira, 8 de abril de 2013

Algures atrás de um arco-íris...

Quando a estagnação se apodera de nós e ficamos sem saber o que mais fazer para a vencer, para andar para a frente, para evoluir e crescer... Para seguir com a nossa vida, encontrar outras soluções, outros caminhos, outros sonhos... Parece que grande parte do que desejamos para nós e para o nosso presente e futuro está guardado a sete chaves, algures atrás de um arco-íris, como se de um pote de ouro se tratasse. Só que em vez do ouro, o que aguardamos é uma oportunidade, A grande oportunidade da nossa vida. Um emprego que nos realize, um amor que nos preencha, algo que nos motive e faça acreditar e persistir na luta diária com a convicção de que tudo aquilo por que já passámos valeu a pena. Mesmo que a alma não seja pequena. Não considero que o seja, mas está cansada. Cansada de procurar, cansada de esperar, cansada de viver no marasmo, aguardando que um dia tudo melhore. E assim vamos vivendo, na ilusão e desejo que a vida dê uma reviravolta e que estas desventuras tragam algo que eventualmente passe a fazer sentido para nós. Recomeçar. Não do zero, porque tudo até aqui foi aprendizagem e fez com que crescessemos e nos tornassemos pessoas melhores. É impossível apagar o passado, o nosso percurso até hoje. Mas e que presente hipotecado é este em que nos colocaram? Em que nos limitam de sonhar, de realizar, de concretizar? O que será que o futuro tem reservado para nós? É certo que "o caminho faz-se caminhando...", mas e quando o caminho parece ser demasiado longo e o final do arco-íris demasiado distante e difícil de alcançar? Gostava de ter respostas para todas estas questões que ecoam na minha mente, mas infelizmente não tenho e o que me resta é continuar, persistir, seguir, resistir, viver e não desistir. Quem sabe um dia acorde com esta música a fazer sentido e consiga retomar o que ficou perdido algures por aí... "Somewhere over the rainbow..."

quinta-feira, 7 de março de 2013

Brilhozinho... Nos olhos?

Curioso como quando nos sentimos de bem connosco, tudo à nossa volta nos parece melhor e mais simples. Mesmo com a crise que o nosso país atravessa (financeira, mas sobretudo de valores...). Ainda há pessoas boas, que vale a pena conhecer e descobrir, ainda que aos poucos, lentamente... ao ritmo que tem de ser. É bom quando há pessoas que nos surpreendem pela positiva, que nos fazem, de certa forma, sentir especiais, precisamente por elas serem também especiais e gostarem de mimar as pessoas de quem gostam. Podendo essas pessoas estar também, ou não, de bem com a vida, mas querendo sobretudo que as pessoas que as rodeiam se sintam bem, com o coração aconchegadinho e cheio de açúcar... Curioso como o brilho que vemos em certas pessoas, imana também para nós que recebemos o calor daqueles raios de sol que nos aquece e alumia tanto a alma. Bom saber que tenho pessoas assim na minha vida. Que é sempre quentinho revê-las, falar com elas, mostrar-lhes o quanto gostamos delas, já que elas fazem o mesmo por nós, fazendo-nos sentir mais fortes, seguros e amados. Amizades e pessoas assim são cada vez mais raras e por isso respeito e valorizo tanto essas pessoas especiais da minha vida, que fazem com que cada dia seja uma novidade e alegria constantes. Pessoas que conheço há anos e anos (e que sabem tão bem quem são que não precisam de nomes...) e pessoas que vou conhecendo recentemente mas que parecem igualmente ter surgido com vontade de ficar. É muito bom sentir este brilhozinho e verificar que quem está de fora também nos sente com mais brilho, um brilho interno, na alma e no coração, que se espelha cá para fora. Um brilho que nos faz ser (ainda mais) generosos, com vontade de partilhar, de dar mais de nós aos outros e ao mundo, um brilho que nos faz sentir mais bonitos, mais especiais e mais inteiros, por conseguirmos atingir essa serenidade com que tanto ansiávamos. E os outros reparam, e gostam (ainda mais) de nós assim, confiantes, serenos, porque também lhes damos alguma estabilidade e segurança. A vida é uma troca, uma partilha. Tudo o que damos ao mundo, retorna para nós em dobro (era uma coisa assim, não era?). E eu acredito que por mais que me sinta "brilhante" e feliz, ai... ainda há tanto mas tanto de bom para vir! :)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Coração (im)paciente

De há uns tempos para cá apercebi-me que sou mais paciente do que alguma vez imaginei que poderia ser. Aquela impulsividade e imediatismo que me caracterizavam começaram a esbater-se, tornando-me mais calma, mais serena, tranquila, paciente, feliz e de bem comigo, com os outros e com a vida. Curioso que este bem-estar interior se está a reflectir muito cá fora... Quem me conhece sabe e reconhece que estou diferente, bem-disposta e com uma felicidade inquestionável. Gostar de mim mesma faz com que me sinta mais à-vontade para brincar com as pessoas que conheço, umas há mais tempo, outras não há tanto tempo assim... E não ter tanto medo do que eventualmente poderão pensar de mim. Eu gosto de mim. Se gostam ou não, não sei, mas sinceramente isso já me preocupou mais do que hoje em dia. Estou de bem comigo. E sinto-me mais livre, mais leve e preparada para a minha vida daqui para frente. Para encarar a adversidade com um sorriso e as dificuldades que surgirem no caminho com confiança e serenidade. Para enfrentar os desafios que a vida me propuser com calma e sem pressas, porque acredito que tudo acontece por algum motivo. Se não sou seleccionada para algum projeto é porque algo melhor está para surgir, no campo pessoal ou profissional. Quem sabe o que o futuro me reserva... Um amor estável e que me faça feliz, um emprego onde me sinta realizada? Não sei, ninguém pode saber... Mas sei que vou continuar a lutar por mim, pela minha vida, por aquilo em que acredito e considero que mereço. Pode demorar mais ou menos tempo sim, mas não é por isso que a minha esperança vai desaparecer. A minha alma e o meu coração são, agora, pacientes. Sabem que nem tudo é um mar de rosas e que podia sentir-me mal por não ter emprego, por não ter alguém na minha vida... Mas eu escolhi o caminho oposto. Escolhi-me a mim mesma, escolhi acreditar em mim, acreditar que é possível ser feliz e tenho conseguido sê-lo. Se gostaria de partilhar a minha vida com alguém que me fizesse feliz, com que pudesse sentir realmente o que é amar e ser amada, dar e receber, passar o meu dia-a-dia e fugir da rotina e sentir que essa pessoa me faz e quer bem? Claro que sim... Todos, nem que seja no mais íntimo de nós, desejamos que isso um dia aconteça. E eu não sou excepção. E é curioso... Hoje consigo perceber claramente o que quero, o que me faz bem e não quero perder o meu tempo com pessoas que me consomem os dias... Quero pessoas com quem me sinta bem, não necessariamente sempre feliz, não necessariamente sempre à-vontade, mas que saibam encarar a vida com leveza, com vontade de a viver, mas com alguma prudência, porque nem sempre ser impulsivo é bom. Gosto de pessoas. Gosto de desafios. Gosto de brincar. Gosto de conhecer. Gosto de ter um (novo) coração que seja paciente. Não me importo de esperar. Gosto de saborear. Gosto (cada vez mais...) de gostar.