sábado, 9 de julho de 2011

Doce Ilusão

Sonhei contigo. Que me querias voltar a ver, a sentir, a bem-me-querer. Que quando passavas as tuas mãos no meu corpo, o teu toque me fazia sentir desejada, de uma forma que jamais ousei pensar que tornasse a ser possível. Não era preciso palavras, ambos sabíamos que nunca fora preciso a linguagem verbal para entender o que o outro queria dizer. Estava feliz. Acreditava que desta vez é que ia ser e que, por muito que não admitisses, a minha presença na tua vida não te era indiferente. Tal como julguei que a doçura com que me olhavas não era apenas porque não tinhas mais ninguém, mas porque era realmente especial para ti. Por isso, avancei. Não precisava de ter medo. Sabia que me respeitavas incondicionalmente e por isso o que parecia ser uma loucura, tanto tempo depois, rapidamente poderia originar um regresso ao que um dia tinhas posto um fim. E eu queria, queria tanto ou mais do que tu, poder voltar a dar-te tudo o que de melhor tinha e, ao mesmo tempo, receber de ti o que de mais precioso tinhas. Envolver-te nos meus braços e perder-me nesse instante onde o amor atingia a perfeição era tudo o que mais queria. E assim foi. De repente, oiço um som que me é familiar, abro os olhos e, com alguma raiva, desligo o despertador. Olho em volta e desejo com todas as minhas forças que tudo não tenha passado de uma doce ilusão. No entanto, estou sozinha no meu quarto, sem qualquer vislumbre de ti. Infelizmente, tudo não passara de um sonho, tudo o que vivera contigo naquela noite não era mais que uma fantasia com princípio, meio e fim.

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