terça-feira, 30 de março de 2010

Às vezes...

Às vezes magoo pessoas que não queria
E sinto-me triste e vulgar
Por não deixar a porta aberta
Por não as deixar entrar.

Não é por mal que faço isso
Acreditem que não
Mas já foram tantas as vezes
Que fui magoada, em vão.

Agora custa a confiar,
A dar, a crer.
Mas espero ir conseguindo
Soltar-me sem sofrer.

Por isso, evito
E fujo e escondo-me do mundo
E fico cada vez mais na minha concha
Bem fundo.

Mas, subitamente,
Começo a querer mudar
Quem foi que disse
Que era impossível voar?

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